Ataques às urnas eram ‘anotações privadas’, diz Ramagem negando crimes e ataques k2uy

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Ex-diretor da Abin nega participação em tentativa de golpe  1c701p

Seguindo a ordem de depoimento dos réus do 8 de Janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) diz que nunca tentou provar fraudes em urnas e que documentos lidos, nesta segunda-feira (9), nos autos pelo ministro Alexandre de Moraes, não aram de “anotações pessoais”.

O ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) negou ter participado da tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.

“Tudo o que coloquei nesse documento são anotações pessoais, privadas. Não houve difusão ou encaminhamento. Era algo meu, com opiniões privadas, não oficiais. Não foi compartilhado com ninguém“, afirmou ele citando que teve início nas anotações quando diretor da Abin até o primeiro ano de mandato como parlamentar federal.
“Essas anotações que dizem respeito a urnas e ao processo eleitoral não eram concernentes ao cargo de diretor. Sempre foram reflexões privadas, feitas por mim, sem qualquer difusão ou uso institucional.”
Em depoimento ao STF, servidor da Abin afirma que Ramagem tinha sala no Palácio do Planalto - Sputnik Brasil, 1920, 26.05.2025
Em depoimento ao STF, servidor da Abin afirma que Ramagem tinha sala no Palácio do Planalto
Ramagem afirmou que, enquanto estava à frente da Abin, jamais sugeriu o descumprimento de ordens judiciais.

“A reflexão era: se há decisões do Supremo que são entendidas como contrárias à lei ou que ultraam os limites constitucionais, que se consulte a AGU [Advocacia-Geral da União] — que é um órgão de Estado, técnico, jurídico, com capacidade postulatória — para questionar essas decisões. Sempre dentro da institucionalidade”, arguiu.

“A Abin fez trabalhos verificando o que tinha de conhecimento sobre as urnas. O que é a urna, de quando é a sua origem, quais os países empregam, qual a diferença de cada um, como é a urna atual, a antiga. Esses são os trabalhos de informação que a Abin realizou.”

Mauro Cid foi o primeiro a ser ouvido porque fechou uma delação premiada com a Polícia Federal. Além dele, foi ouvido nesta segunda-feira (9) o deputado federal e ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem.

Os outros réus voltarão a ser interrogados na terça-feira (10), em ordem alfabética: Almir Garnier (ex-chefe da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Jair Bolsonaro (ex-presidente), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, participa dos interrogatórios dos réus da Ação Penal (AP) 2668, em 9 de junho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 09.06.2025
Cid confirma que Jair Bolsonaro leu minuta de golpe e fez alterações
Oitivas – O início das oitivas indica que o processo contra o principal grupo denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) caminha para o fim, podendo resultar na prisão dos réus.
A oitiva de Bolsonaro também marca a primeira vez que o ex-presidente ficará frente a frente com seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, desde que este fechou acordo de delação premiada com a Justiça. Cid foi peça central das revelações presentes na denúncia da PGR. Foi ele quem confirmou aos investigadores que Bolsonaro convocou militares de alto escalão para discutir formas de reverter os resultados das eleições.

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